Me gusta Montevideo

Há tanto tempo não escrevia um texto assim. Só estava voltada para textos acadêmicos, empedrados e sem muita liberdade. Escrevi sobre a minha experiência de viajar para Montevideo, depois de alguns anos. Gostei.


Viajar para uma cidade que já se conhece pode parecer redundante para alguns. Para mim não: novos olhares são sempre bem-vindos. Já conheci Montevidéu por olhos de uma criança, que voltou da viagem com uma rubéola na bagagem. Também já fui à capital uruguaia como uma recém aprovada no vestibular, vislumbrada pela vida universitária e vítima da imaturidade. A cidade até que não mudou muito de 2007 para o feriado de páscoa de 2010, mas agora a viagem foi outra, acompanhada pelo namorado e com uma visão mais madura sobre tudo.

Já no começo da viagem, uma grande diferença das outras viagens: percebi como é importante caminhar para conhecer a cidade, em vez de ficar importunando para pegar um táxi. Montevidéu merece ser percorrida com olhos atentos, pois possui detalhes em sua arquitetura que são pouco vistos por aqui, como trabalhos artísticos bem elaborados em prédios residenciais. Além disso, apenas caminhando é que percebemos a vida cotidiana local: as crianças jogando futebol na rua mostram a paixão dos uruguaios pelo esporte e as meninas ouvindo reggaeton no volume máximo dentro de casa apresentam um pouco da cultura musical. E assim se deu a minha percepção de como é mais prazeroso conhecer o mundo cara a cara, e não através da janela do ônibus de turismo.

Também caminhando, percorremos toda a 18 de Julio, principal avenida da cidade que apresenta a Biblioteca Nacional, a Universidad de La Republica, além de diversas praças. Lá no início, a principal delas: a Plaza Independencia, com o herói nacional Artigas no centro, montado em seu cavalo, e a Puerta de La Ciudadela, construída para proteger a então colônia espanhola. Ao seu redor, o pomposo Teatro Solís e o prédio Salvo. Continuando a caminhada, a partir da 18 de Julio, chega-se a Ciudad Vieja, bairro antigo onde concentram-se diversos museus e galerias de arte e as sedes de grandes instituições, junto a bares e boates que movimentam a noite tocando cumbia ou até mesmo um axé ou samba brasileiros. Um pouco mais afastado, encontra-se o Mercado Del Puerto, o ponto alto do passeio: um centro referencial da culinária e da cultura uruguaia, onde apreciamos um belo entrecot assado na parrilla, além do artesanato local, antiguidades e apresentações de músicos. E ali se encerrou um percurso que me mostrou que o país pode ser pequeno geograficamente, mas sua cultura e sua história são muito grandes, admiráveis e, principalmente, únicas.

Outra experiência interessante e aconselhável, mas nova para mim, foi percorrer as ramblas (avenidas da orla) com bicicletas, depois de alugá-las num albergue. A cidade é predominantemente plana, permitindo que se conheça muito sem cansar tanto. Pegamos as bicicletas no sábado de manhã perto da Ciudad Vieja e fomos apreciando o Rio da Prata até o bairro de Pocitos, onde acontecia uma grande feira de roupas e onde encontrei a famosa lã uruguaia. Nessa feira, almoçamos panchos, espécie de cachorro-quente com uma salsicha deliciosa e sem todas as guarnições que os brasileiros adoram. Depois, seguimos até o histórico Estádio Centenário, em dia de jogo: Nacional versus Rampla Jrs. Desconhecendo o funcionamento do estádio, acabamos comprando ingressos para a torcida adversária, embora nunca tivéssemos ouvido falar em tal time. Mas a experiência foi boa, pois o Rampla acabou ganhando de 1 a 0 e comemoramos o gol como se fôssemos legítimos ramplenses.

E foram essas experiências em solo uruguaio que me mostraram um olhar mais amadurecido e apurado em relação à cultura de Montevidéu, que passa pelos ritmos latinos das músicas, pela história de lutas por libertação, pelas pessoas receptivas e educadas, pela paixão e devoção ao futebol e pelas deliciosas carnes vindas dos pastos. Coisas sublimes que passaram imperceptíveis em outras viagens, mas que agora me conquistaram de vez.

FECHEM O ACORDO!




Bom, não sei se todos já sabem o que está pra acontecer entre os dias 7 e 18 de dezembro. É bom saber.


Segundo o Instituto Voluntários Online, "COP-15, 15ª Conferência das Partes, realizada pela UNFCCC – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, de 7 a 18 de dezembro deste ano, em Copenhague (Dinamarca), vem sendo esperada com enorme expectativa por diversos governos, ONGs, empresas e pessoas interessadas em saber como o mundo vai resolver a ameaça do aquecimento global à sobrevivência da civilização humana".

Nesta Conferência, espera-se que metas quantificáveis, mensuráveis e verificáveis sejam definidas pelos países. A expectativa é de que os países reduzam de 25% a 40% suas emissões de gases de efeito estufa, em relação ao ano de 1990, até 2020.

E espera-se, também, que os Chefes de Estado se façam presentes, já que suas excelentíssimas presenças não são obrigatórias. A maior expectativa é em relação ao Obama: se ele for, muitos outros vão aparecer por lá...

Mas, enquanto eles não fazem nada, nós vamos fazendo por aqui... Por isso, participem da Campanha da ONU "Fechem o Acordo" (ou "Seal the Deal") e assinem a petição que será levada na Conferência.



Publicidade & Consumo no Cotidiano

Convido a todos que visitam esse espaço a conhecerem o blog do Projeto de Pesquisa do qual eu participo na Fabico/UFRGS, tendo como orientadora a prof. Elisa Piedras: Publicidade & Consumo no Cotidiano.

www.ufrgs.br/publicidadeconsumo

Esse projeto faz parte do Programa Ciência na Sociedade e Ciência na Escola, que tem como objetivo incentivar, apoiar e promover iniciativas de participação de estudantes de graduação em atividades que propiciem a difusão e a popularização da ciência na sociedade. Este Programa foi proposto pelo Ministério da Ciência e Tecnologia para diversas universidades brasileiras, mas apenas a UFRGS o adotou, o que me orgulha como estudante desta Universidade.

No caso deste Projeto de Pesquisa, o objetivo é difundir conhecimento sobre publicidade e consumo na sociedade em geral e em segmentos específicos, através de ações de comunicação, como materiais impressos e eventos, a partir da identificação de demandas entre o público em geral e em grupos. Nesse sentido, já realizamos algumas ações, entre as quais as principais foram: a elaboração da cartilha Publicidade Legal, sobre a regulamentação publicitária no Brasil; e a realização do evento Seminários Publicidade e Consumidor (fotos abaixo), tendo como palestrante a Coordenadora Executiva do Procon-RS, Adriana Burger. No blog, há mais informações sobre as ações e sua divulgação, já que o propósito do Projeto é justamente popularizar o conhecimento científico sobre publicidade, extrapolando as portas da Universidade.



um tênis com história

Hoje pude incrementar um pouco mais meus conhecimentos gerais.
Pois então... Comprei um tênis hoje, esse aí de baixo:



Na verdade, olhei para os tênis expostos na loja e esse me chamou a atenção pela simplicidade. Me aproximei e vi a marca: Keds... Hein!? Quem ser Keds? Olhei a palmilha (ótima, por sinal), e dizia "since 1916". Pensei que eu era uma alienada, por só conhecer a marca em 2009! Mas tudo bem, o atendente disse que no Brasil a marca não era muito conhecida mesmo.

Enfim, comprei o tal do tênis (inclusive, faltou luz no shopping na hora de experimentar! hehe)
Mas a curiosidade sobre a marca ficou, e pesquisei um pouco na internet.

Pra quem quiser conhecer: http://www.keds.com/ | http://www.keds.com.br/

Pesquisando, descobri que o termo sneakers existe por causa da Keds, que foi o primeiro calçado com solado de borracha. Quando lançou o primeiro tênis, em 1918, a campanha dizia que ele era tão silencioso (por causa da borracha), que era ideal para espiar, sem fazer barulho. Sneak, em inglês, é "passar às escondidas", "andar na espreita", e outras expressões afins. Por isso, até hoje se usa a expressão sneakers pra designar esse tipo de tênis.

Além disso, me surpreendi tb quando li que esse tênis foi usado pela atriz Jennifer Grey, no filme Dirty Dancing (1987), que fazia par com o saudoso Patrick Swayze. Lembrei, realmente, de uma cena de close nos pés dela, quando ela está nas pontas dos pés, dobrando um pouco o tênis, enquando dança com o moço. Mas não achei uma foto dessa cena, só essa aí:



Enfim, gostei da minha compra, não só pela estética do tênis. Gostei de saber a história da marca, gostei de adquirir um produto que é relativamente desconhecido por aqui e que, de certa forma, fez parte da vida do Patrick Swayze (óóó) ! haha

AIDS is a mass murderer.

Ok, a publicidade já usou várias vezes a figura do Hitler e de outros ditadores que fizeram suas peripécias ao redor do mundo. Um dos anúncios mais conhecidos foi aquele produzido pela agência W/Brasil para a Folha de S. Paulo, em 1987. Em outros casos, utiliza-se a imagem dos ditadores de forma mais bem-humorada, como nesse caso, o que pode ser questionável: até que ponto esse assunto é humor?

Agora, surge uma campanha que é realmente impactante. Pelo menos pra mim foi. Ela foi produzida na própria Alemanha do ditador nazista, pela agência das comitee, para o World AIDS Day 2009. A campanha é composta de vídeo, mídia impressa e internet (site e twitter).





















É, causa um mal-estar mesmo...

neurosonics audiomedical laboratory

Muito bom esse vídeo, do diretor Chris Cairns. Mistura beat box, scratch e cabeças de pessoas, com um pouco de loucura e surrealismo, e acaba sendo uma produção no mínimo curiosa.

Segundo eles: Kingdom of the unreal but also a higher state of being, ultimately free of the limitations of the material world through the agency of science, technology, and imagination.



No site, há todas informações do vídeo, inclusive fotos do making of.

via likecool

efeitos visuais: 100 anos de inspiração

Um clipe mostrando diversos filmes que utilizaram efeitos visuais com sucesso, desde The Enchanted Drawing (1900) até O Curioso Caso de Benjamin Button (2008). Houve um tempo em que a criatividade valia mais que a técnica...



via brainstorm9